domingo, 4 de dezembro de 2011

Valeu, Doutor!

Fotogragia do Arquivo Público de Ribeirão Preto/ SP.

Ele não era apenas um jogador de futebol. Na década de 80 fez parte da chamada "Democracia Corinthiana", movimento que buscava respeito tanto ao esporte quanto à política; os jogadores se mobilizavam em contrariedade às concentrações antes dos jogos, contra o tratamento do regime de jogadores de futebol (vale lembrar, por exemplo, como o Médici se apropriou da conquista da Copa Mundial de 1970),  bem como apoiavam o movimento das Diretas Já, vestindo camisas com a palavra "Democracia" durante os jogos. Pregava ainda uma humanização da Medicina (tratar os pacientes como gente e não patologia), curso em que se formou no mesmo ano em que se tornou jogador profissional e profissão que seguiu quando deixou de ser jogador. Sócrates afirmou certa vez que seus heróis de infância eram Fidel Castro, Che Guevara e John Lennon.  E é esse homem, consciente de seu lugar no mundo, como seu mais famoso homônimo - aquele grego - que saudamos e damos adeus. Sim, é possível fazer a diferença e ser necessário nesse mundinho que não nos cabe. Valeu, Sócrates!

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